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Em um mundo cada vez mais conectado, onde as distâncias parecem diminuir através da velocidade, um desafio persiste em ameaçar a integridade e a vida de milhares de pessoas: a (in) segurança no trânsito. A cada ano, as estatísticas revelam um cenário alarmante de mortes e feridos nas vias ao redor do mundo: um preço alto demais a ser pago pela mobilidade e pela pressa cotidiana. Dentro desse contexto, surge o Movimento Maio Amarelo: uma iniciativa que transcende fronteiras e une esforços para chamar a atenção da sociedade para o alto índice de sinistros de trânsito

Para o ano de 2025, o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) definiu como tema: “Mobilidade Humana, Responsabilidade Humana”. A mensagem central ressalta que “A verdadeira mobilidade humana se constrói quando todos se sentem seguros e respeitados”.

O Maio Amarelo 2025 está em sintonia com importantes marcos legais e diretrizes de segurança no trânsito, como a Lei nº 13.614/2018, que instituiu o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito Brasileiro (PNATRANS). O PNATRANS, revisado para o período de 2021 a 2030 em conformidade com a Segunda Década de Ações para a Segurança no Trânsito da ONU, estabelece a meta do Brasil de reduzir em 50% as mortes no trânsito.

Para dar fim aos sinistros com lesões e mortes, é imperativo que a mudança comece individualmente, mas que não pare por aí. É necessário que se torne um comprometimento coletivo, mantido por todos, todos os dias e obstinadamente.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem, no mundo, por ano em acidentes de trânsito e, desse total, metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas.

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável pela fiscalização e controle do trânsito em rodovias federais em todo o país, mostram que a principal causa dos sinistros nessas rodovias é a falta de atenção ou reação dos motoristas, motociclistas e pedestres (36% das ocorrências). Questões comportamentais estão associadas à boa parte dos acidentes, como a desobediência das regras de trânsito (14,4%), excesso de velocidade (10%) e uso de álcool (5%). O principal tipo de ocorrência é a colisão frontal, responsável por quase 40% das mortes no trânsito.

A política regulatória vem evoluindo desde a criação do novo Código Brasileiro de Trânsito (Lei 9.503/1997). Algumas ações, como a implementação da lei seca (Lei 11.705/2008), contribuíram para a redução de ocorrências e de mortes, mostrando a importância de políticas públicas para o trânsito. Na última década, também houve avanços na legislação de uso de álcool e suas penalidades, exigência de tecnologia de segurança nos veículos, além da obrigatoriedade de exames toxicológicos para motoristas profissionais. No entanto, ainda é um grande desafio tornar a legislação efetiva, o que requer fiscalização adequada e conscientização da sociedade.

Em 2020, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a 2ª. década de segurança no trânsito, com metas de redução de mortalidade ousadas. A expectativa é que o Brasil alcance resultados positivos em termos de redução das mortes em sinistros de transporte terrestre. O país aderiu à campanha mundial e inseriu o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), criado em 2018, em suas metas. O objetivo é tornar as cidades brasileiras mais seguras para a circulação de pessoas e veículos.

O CISMETRO Limeira também apoia esta campanha!

Fontes:
Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde
Polícia Rodoviária Federal